Sexualidade Infantil

Sexualidade é energia vital, é pulsão de vida. Mas, as pessoas só têm a noção de SEXO (e não de sexualidade) e essa noção é sinônimo de penetração. Dai, a relação com o pecado, com o que é sujo... Em pleno século XXI muita gente ainda pensa assim. Tabus, preconceitos, medos, traumas e visões distorcidas que os adultos carregam dentro de si fazem com que sintam-se incomodados diante dasmanifestações infantis sobre sexualidade. 

Mas a relação dos pais com sua própria sexualidade está diretamente ligada à forma natural ou não com que vão lidar com as atitudes e as perguntas das crianças nesse tema. Ainda vivemos num mundo em que ter prazer sexual continua sendo pecado. Entender e aceitar a curiosidade infantil nesse tema, é difícil. Especialmente com o próprio filho! Uma menina então, nem se fala! E o jogo de empurra que fica?! 
- pergunta pro seu pai,
- pergunta pra sua mãe,
- pergunta pra professora. 
Uma “batata quente” que ninguém quer segurar e a pergunta da criança, na maioria das vezes tão simples, vai ficando sem resposta. Só que, num mundo de tanto estímulo visual, com a TV (exposta às crianças pelo próprio adulto) exibindo tantas cenas sensuais, não há como a criança não desenvolver a curiosidade sobre sexualidade. E as perguntas surgem. 

Para uma criança curiosa sobre sua sexualidade, a resposta deve ter a medida certa do que foi perguntado. Nada mais que isso. Às vezes, os pais, na ânsia de atender a criança, exageram nos detalhes. Não façam discursos. Você vai perceber quando ela se satisfez com a resposta. É a maturidade dela que vai demandar esclarecimentos maiores. E quando funciona assim enquanto ela ainda é pequenina, será mais fácil abordar o assunto na adolescência, fase em que essa relação sempre se torna mais difícil. Num mundo em que se fala de sexo virtual e em que todas as portas se abrem para tantas formas de sexualidade, precisamos dar mais segurança aos nossos jovens sobre essas questões.

Ah, sim. Como agir quando a criança pequenina está se masturbando? A atitude mais apropriada seria desviar a criança para outra atividade... sem alardes. SIMPLES ASSIM. Sentindo sua atitude natural, seu filho e sua filha vão ter maior facilidade de lidar com sua própria sexualidade no futuro.